segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Como seria um mundo baseado na doação?


A evolução de um conceito novíssimo e mais que urgente o Biocentrismo é o a mudança de foco, mais literalmente de centro, deixar o lucro, o poder e a competitividade para subir o próximo degrau, ter a vida, toda vida como centro, não só dos humanos, não só dos humanos de alta renda.

O Trabalho

As pessoas fariam o que gostam, praticando seus dons e seus desafios de evolução. Baseado na consciência de que se faria o necessário para o bem estar social. Como o necessário não é muito o tempo de trabalho seria muito reduzido (2 horas). As relações de trabalho seriam de cooperação.
Acostumados a uma infinita gama de possibilidades, viver com o necessário para o bem estar pode soar pouco, mas refletindo melhor, nossas necessidades básicas são satisfeitas hoje? E nem pergunto isso pensando em pessoas que dispõe de baixa ou nenhuma renda para viver, que são a maioria, não esqueçamos, me refiro a um cidadão de classe média mesmo e até alguns mais abonados. Quem tem suas necessidades alimentares realmente satisfeitas com todas vitaminas e sais minerais dentro das doses mínimas diárias recomendadas? Quem faz atividades físicas em quantidade e qualidade para manter o corpo em perfeito funcionamento? Quem descansa o suficiente para recompor as células, as energias? Quem tem lazer, prazer, contato com a natureza em para satisfazer o emocional e até o espiritual? Por favor me avise se for um desses contemplados é um caso raro digno de estudo.
Agora leia de novo: trabalhar o suficiente para gerar o bem estar social, que começa com o seu próprio: escolhendo seu trabalho com ótimas condições de trabalho, horizontalidade nas relações e mais autonomia para decidir como e o quanto trabalhar. Não são poucas as vezes em que menos é mais. O atual sistema em que vivemos funciona o tempo todo para disseminar ideologias como: “Mais é mais” e “Tempo é dinheiro” a serviço dele mesmo e de alguns que pensam que ganham com isso. Até ganham, barriga, superficialidade, falsidade, compulsões, relações por interesse, karma e algumas cositas más.

O trabalho seria destinado a manutenção da vida, do prazer, do bem estar.

As ciências se uniriam entre si e com a espiritualidade e a arte. O foco seria a vida.

Hoje a maioria das pessoas trabalha unicamente em função do salário para seu sustento e acúmulos. Se fosse dito a elas que não iriam mais receber o salário no outro dia ninguém praticamente iria trabalhar porque não fazem o que gostam ou que julga importante.

As relações são estressantes, pois o foco é o lucro, a competitividade, produção, eficiência. O valor das pessoas está diretamente relacionado com o quanto em dinheiro que elas recebem.

Todos querem receber mais dinheiro para valerem mais, aumentar seu status quo.

Num mundo baseado na doação, a organização do trabalho, das empresas, etc. seria diferente. Algo próximo o que temos hoje a cooperativas e associações.

O trabalho seria muito mais produtivo, pois seria feito com prazer e consciência de sua função social e individual.

Não existiriam doenças do trabalho, porque as pessoas teriam a liberdade de trabalhar quanto quisessem. Como ter doença fazendo o que gosta o tempo que achar necessário?

E a felicidade brotaria com muita mais facilidade. Imagine trabalhar só com o que se gosta num mundo onde todos fazem o que gostam. Seria o êxtase. Não é o que queremos?

O trabalho seria libertador ao invés de exploratório.

Extinguiria-se mercados relacionados com a destruição da natureza, o acúmulo e o medo. Para que rede bancária se tudo é doado? Para que segurança se todos temos abundância? Para que acumular se existiriam locais apropriados para compartilhamentos de todos os matérias, serviços. Quantas vezes você usa sua chave de fenda, seu DVD, sua máquina de lavar roupa, seu jogo de jantar para ocasiões especiais, seu xadrez, CDS, livros, brinquedos por semana?

Teríamos mais tempo para usufruir as artes, natureza, família, amigos e outras possibilidades nem pensadas.

A educação.

A maioria dos pais manda seus filhos para escola para que eles tenham uma profissão, para ter um emprego, para ganhar um salário, para que fique rico, para que seja o melhor.

Num mundo de doação as crianças iriam para a escola para se auto-conhecerem, conviver, descobrirem e aprimorarem os seus dons.

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